– Renda-se! – exclamou uma voz rouca, que parecia mais um rugido do que uma voz humana.
Alguns homens, que apareceram por trás do ajudante de campo, iriam lançar-se sobre aquele homem que havia acabado de entrar no quarto do general, quando à claridade os indivíduos reconheceram o recém chegado.
– Gil Braltar! – exclamaram.
Era ele, em efeito, aquele homem do qual não se falava há muito tempo, o selvagem das grutas de São Miguel.
– Renda-se! – voltou a gritar.
– Jamais! – respondeu o general Mac Kackmale.
De repente, no momento em que os soldados o rodeavam, Gil Braltar emitiu um silvo agudo e prolongado.
Imediatamente, a redor do edifício, logo o edifício todo, foi tomado por uma massa invasora.
Vocês irão acreditar? Eram macacos, centenas de macacos! Vinham pois recuperar dos ingleses este rochedo do qual são os verdadeiros donos, este monte que ocupavam muito antes que os espanhóis, muito antes que Cromwell houvesse sonhado em sua conquista para a Grã-Bretanha? Sim, realmente! E eram temíveis por seu número, esses macacos sem caudas, com os quais não se vivia em paz, exceto na condição de tolerar suas pilhagens, estes seres inteligentes e atrevidos que as pessoas evitam molestar, pois sabiam vingar-se (haviam feito isso muitas vezes) fazendo rolar enormes pedras sobre a cidade.
E agora, estes macacos se tornaram soldados de um louco, tão selvagem quanto eles, este Gil Braltar que eles sabiam que vivia uma vida independente deles, esse Guilherme Tell (N. do T.: Guilherme Tell (Guillaume Tell) foi um herói suíço do séc. XIV, lendário por enfrentar o governador austríaco tirano Hermann Gessler) quadrumanizado, que concentrou toda a sua existência em um só pensamento: expulsar todos os estrangeiros do território espanhol.
Que vergonha para o Reino Unido, se aquela tentativa tivesse êxito! Os ingleses, que haviam derrotado os índios, os abissínios, os tasmânios, os australianos, os bosquímanos e muitos outros, agora seriam vencidos por simples macacos!
Sim semelhante desastre chegara a ocorrer, o general Mac Kackmale não teria outro remédio que explodir seus miolos! Era impossível sobreviver a semelhante desonra! No entanto, antes que os macacos, chamados pelo silvo de seu chefe, houvessem invadido a habitação do general, alguns soldados puderam saltar sobre Gil Braltar. O louco, dotado de uma extraordinária força, resistiu, e não foi fácil reduzi-lo. Sua pele havia sido dilacerada na luta; encontrava-se amarrado, amordaçado e quase desnudo em um canto da sala, sem poder mover-se ou emitir som nenhum. Pouco tempo depois, Mac Kackmale abandonou sua casa com a firme resolução de vencer ou morrer de acordo com uma das mais importantes regras militares.
Alguns homens, que apareceram por trás do ajudante de campo, iriam lançar-se sobre aquele homem que havia acabado de entrar no quarto do general, quando à claridade os indivíduos reconheceram o recém chegado.
– Gil Braltar! – exclamaram.
Era ele, em efeito, aquele homem do qual não se falava há muito tempo, o selvagem das grutas de São Miguel.
– Renda-se! – voltou a gritar.
– Jamais! – respondeu o general Mac Kackmale.
De repente, no momento em que os soldados o rodeavam, Gil Braltar emitiu um silvo agudo e prolongado.
Imediatamente, a redor do edifício, logo o edifício todo, foi tomado por uma massa invasora.
Vocês irão acreditar? Eram macacos, centenas de macacos! Vinham pois recuperar dos ingleses este rochedo do qual são os verdadeiros donos, este monte que ocupavam muito antes que os espanhóis, muito antes que Cromwell houvesse sonhado em sua conquista para a Grã-Bretanha? Sim, realmente! E eram temíveis por seu número, esses macacos sem caudas, com os quais não se vivia em paz, exceto na condição de tolerar suas pilhagens, estes seres inteligentes e atrevidos que as pessoas evitam molestar, pois sabiam vingar-se (haviam feito isso muitas vezes) fazendo rolar enormes pedras sobre a cidade.
E agora, estes macacos se tornaram soldados de um louco, tão selvagem quanto eles, este Gil Braltar que eles sabiam que vivia uma vida independente deles, esse Guilherme Tell (N. do T.: Guilherme Tell (Guillaume Tell) foi um herói suíço do séc. XIV, lendário por enfrentar o governador austríaco tirano Hermann Gessler) quadrumanizado, que concentrou toda a sua existência em um só pensamento: expulsar todos os estrangeiros do território espanhol.
Que vergonha para o Reino Unido, se aquela tentativa tivesse êxito! Os ingleses, que haviam derrotado os índios, os abissínios, os tasmânios, os australianos, os bosquímanos e muitos outros, agora seriam vencidos por simples macacos!
Sim semelhante desastre chegara a ocorrer, o general Mac Kackmale não teria outro remédio que explodir seus miolos! Era impossível sobreviver a semelhante desonra! No entanto, antes que os macacos, chamados pelo silvo de seu chefe, houvessem invadido a habitação do general, alguns soldados puderam saltar sobre Gil Braltar. O louco, dotado de uma extraordinária força, resistiu, e não foi fácil reduzi-lo. Sua pele havia sido dilacerada na luta; encontrava-se amarrado, amordaçado e quase desnudo em um canto da sala, sem poder mover-se ou emitir som nenhum. Pouco tempo depois, Mac Kackmale abandonou sua casa com a firme resolução de vencer ou morrer de acordo com uma das mais importantes regras militares.
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